O espaço está preenchido com um
grande número de objetos perigosos, mas felizmente, é bastante improvável que
um buraco negro errante engula o nosso pequeno planeta. Embora os buracos
negros sejam muito mais mortais do que os asteróides, rochas espaciais
representam uma ameaça muito maior.
Não surpreendentemente, há muito
sensacionalismo em torno desses objetos. Parece que, algumas vezes a cada ano,
novos rumores surgem de que um asteroide mortal está a caminho da Terra. Tal
cenário aconteceu em dezembro de 2004, quando cientistas detectaram um
asteróide (chamado 99942 Apophis), mapearam sua trajetória, e descobriram que
havia uma probabilidade de 2,7% do asteróide de 350 metros de diâmetro atingir
a Terra em 13 de abril de 2029.
2,7% pode não parecer um número
alto, mas estaticamente falando, esses números são mais ou menos equivalentes
às chances de você morrer em um acidente de carro.
Pouco depois, os cientistas
refizeram os cálculos e determinaram que o asteróide não representava uma
ameaça significativa para a Terra ou para a Lua em sua passagem de 2029. Mas a
preocupação termina aí? Certamente que não.
Havia ainda a possibilidade de
que as interações gravitacionais com a Terra na aproximação de 2029 pudessem
redefinir a trajetória da rocha, trazendo um risco de colisão em sua próxima
passagem – 2036. Felizmente, as chances de impacto eram de apenas 1 em 45.000.
Isso havia deixado o asteróide no nível 1 na escala Torino, que é a escala
usada para determinar o risco de impacto para objetos próximos da Terra (NEOs).
O nível 1 não é muito preocupante. Ele afirma que “os cálculos atuais mostram
que a chance de colisão é extremamente improvável”.
Novas medições foram feitas, e a
chance de impacto parecia reduzir a cada uma. Em 2006, pesquisadores reduziram
a chance de impacto para uma 1 em 250.000. E mais uma boa notícia em 2013! Em janeiro
do ano passado, cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA,
determinaram que a chance de um impacto é menos de 1 em 1 milhão. Com estes
números, não há efetivamente nenhuma chance de que o asteróide traga risco
durante sua passagem.
Em média, um objeto do tamanho de
Apophis (350 metros) cai 1 vez na Terra a cada 80 mil anos. Para efeito de
comparação, o meteoro Chelyabinsk, que explodiu na atmosfera da Rússia em
fevereiro de 2013, tinha apenas 20 metros de diâmetro.
O Apophis está previsto para
passar na mesma altitude dos satélites de comunicação geoestacionários, se
aproximando 31.300 quilômetros da superfície da Terra. Há inclusive uma série
de planos de algumas agências espaciais para fazer uma missão no asteróide
durante suas aproximações em 2029 e 2036. [FromQuarksToQuasars]
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